moda

Você é mais que o número na balança ou do manequim

Letícia Sarturi


Já reparou o quanto os números nos definem? A sociedade parece nos descrever por meio deles. A rotina tenta criar ciladas para que isso aconteça quando nos tornamos reféns da balança, por exemplo. Já no mercado estético baseado num ideal de beleza, empresas vendem números através de imagens de clientes exibindo quantos centímetros diminuíram de cintura e os quilos que deixaram para trás.

Nesse mundo de definições por números, acompanhamos um paradoxo dentro da indústria da moda (assunto recorrente por aqui). De um lado, o setor que exclui por meio da falta de numerações para pessoas gordas ou que tenta "agregar" com um setor limitado, intitulado "plus size", dentro de uma loja (geralmente coleções com poucas peças). Do outro, aquela parte (ainda minoritária) que agrega ao segmento fashion por meio de marcas que oferecem tamanhos do 36 ao 60, ou com confecções sob medida.

Se números caracterizam a vida, a soma de quilos na balança define quem é gorda. E em época de muitos "conceitos" e julgamentos até a palavra "GORDA" foi estereotipada e utilizada de forma pejorativa. Enquanto isso, outras surgiram para serem aplicadas no lugar de uma característica física que parece ter se tornado ofensa: gordinha, fortinha e até plus size.


Crédito: Instagram @todebells
Influenciadoras digitais gordas despertam movimento de amor ao corpo

+ Amor Próprio - Padrões

Se números parecem importar tanto, desejo que o 2019 seja um algarismo que simbolize uma transformação. Proponho que no próximo ano nós façamos (JUNTAS) a mudança no meio chamado plus size.

Lembre-se que você é mais que um número na balança ou de manequim (que por tantas vezes foi excluído na moda). Por isso cultive o "exercício do amor próprio". Lance um novo olhar para o seu corpo, que conduza a uma nova forma de amá-lo e respeitá-lo. Não adianta você vestir uma roupa bonita se não se sente bem com o próprio corpo. Moda e corpo dependem um do outro.


Instagram @todebells

É do autoconhecimento, de dar novo significado ao corpo que você se livrará de amarras construídas sob ele e até mesmo na forma de se vestir. Afinal, quem disse que existe "roupa de gorda"? Quando você se liberta , o impacto vai além de si, sendo possível influenciar e inspirar outras pessoas ao seu redor.

Em 2019, crie hábitos para cuidar do seu corpo, julgue-o menos e busque por exemplos que possam te inspirar, como influenciadoras de moda ou body positive com corpos que sejam semelhantes ao seu. Adorne o corpo com aquilo que se sente bem e confiante para vestir. Também se proponha a romper algum preconceito ou receio em relação a moda e seu biotipo: coloque a barriga de fora, revele os braços, use um biquíni no verão.

Vamos subtrair os padrões e somar autoestima no ano novo que chega já, já. Até 2019!

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